TRABALHO DE SESSÃO BRANCA

 

 

Sessão Branca


Salve Deus!

  Se já é Iniciado então certamente começará a participar da Sessão Branca.
  É um trabalho simples mas grandioso.
  É também um reabastecimento de energias puras das matas do rio Xingu.

  O rio Xingu é enorme rio no Brasil, com mais de quatro mil kilómetros de extensão.
  Sulcando esta enorme extensão, ele atravessa enormes zonas virgens das selvas brasileiras, locais onde habitam os indígenas da área, os Índios Brasileiros.
  Muitos destes nem conhecem o povo branco dada a distância que os afastam da civilização.
  Estes povos absorvem e geram potente magnético animal, ectoplasma puro pela acção da água e das matas verdes que seriam perfeitas para os nossos trabalhos no Templo.
  Então a solução é simples: incorporamos estes Índios e conseguimos assim o magnético animal destes.
  Mas incorporar espíritos vivos?
  Como, se estão "presos" aos seus corpos físicos?
  Salve Deus!
  No estado de vigília, sim mas quando estão a dormir, os seus espíritos se "desprendem" dos seus corpos e podem então ser incorporados pelos nossos Aparás.
  Na realidade o Xingú, como também se chama à Sessão Branca é o único trabalho no Vale onde se incorporam espíritos vivos.
  Uma vez incorporados os Índios, basta manter uma conversa com eles para que recebamos o ectoplasma deles emitido através da fala.
  Outro problema que se revela neste trabalho:
  Se nós recebemos o ectoplasma deles, o que eles recebem em troca?
  Salve Deus! A nossa energia iniciática que é extremamente útil naquelas terras.
  Troca por troca num benefício comum, uma simbiose perfeita.
  Salve Deus!
  O trabalho é feito aos pares, na data marcada.
  Antes das dez da noite, reúne-se o corpo mediúnico com um comandante no radar.
  Os pares (Doutrinador e Apará) acomodam-se nos tronos e bancos nas laterais, sempre à vista do Radar.
  Ao aproximar das dez horas em ponto, o Comandante faz uma harmonização, pede para os Aparás fecharem os punhos e chegando às dez horas em ponto (ao segundo mesmo...) o Comandante termina dizendo alto e bom som "Soltem as incorporações!".
  O Templo torna-se uma algazarra com Índios a incorporar por todo o lado, falando nas mais esquisitas línguas e gesticulando vigorosamente em ambiente de alegria.
  Os Doutrinadores começam as suas "conversas" com os Índios e o trabalho prossegue assim, na "conversa"...
  Bem, se o Irmão ou Irmã me pergunta o porquê das aspas na "conversa", a resposta é simples:
  A maioria dos Índios fala a língua Tupi.
  A não ser que o Mestre ou Ninfa seja letrado nesta língua, dificilmente conseguirá conversar com o Índio.
  Na realidade não interessa o que ele ou ela diz mas sim o facto de estar a falar.
  Por isso tente sempre mantê-lo(a) a falar e fale também para lhe dar o seu magnético.
  Situações engraçadas e pseudo-relatos da vida deste povo vai saindo.
  Riem-se da conversa, gesticulam actos de caça ou pesca, falam dos temas das suas vidas.
  No final do trabalho, o Comandante tocará a sineta e os Aparás desincorporam.
  Após se recuperarem, o Comandante aproveita sempre para se fazer uma Contagem.
  Em seguida, só resta o trajecto para casa.

  Salve Deus!
  Apesar da simplicidade do trabalho, da descontracção e da harmonia, há alguns cuidados muito importantes a ter com este trabalho.
  Dado que na maioria dos casos, não se compreende o que se está a conversar, há o perigo de interferências.
  Para as evitar, o Apará deverá fechar os punhos impedindo a incorporação de um espírito sofredor, por exemplo, ainda antes da incorporação e mantê-las fechadas até ao toque da sineta.
  Contudo, tem que as abrir imediatamente ao toque da sineta para liberar o Índio.
  O que se passa é que uma Amacê recolhe os espíritos dos Índios que estão a dormir no Xingú e os trás ao Templo exactamente às dez horas.
  Por este motivo é que o trabalho é cronometrado para esta hora, ao segundo.
  Após as incorporações, a Amacê partirá de imediato.
  Se um Apará não abrir as mãos, acrisola o Índio que perderá a Amacê.
  Tal acto poderá levar ao desencarne do mesmo, algo que o Médium certamente pagará caro.

  Os Índios chamam ao Templo do Amanhecer "a Casa dos Sonhos", vê-se logo porquê.
  Salve Deus!
  A energia obtida deste trabalho é de extrema importância para o médium, tal que a nossa Mãe Clarividênte nos ensinava que nenhum Mestre estaria completo antes de fazer pelo menos três Sessões Brancas.
  É tão importante que após a terceira, o Médium conquista o direito de usar o dístico de "Xingú 7 Autorizado".

  Salve Deus!
  Se fez a sua Iniciação, não perca este maravilhoso trabalho.
  É rápido, não é cansativo e trás imensa energia para o seu trabalho no Templo.